O caminho de volta
- Cartografias Subjetivas
- 15 de set. de 2020
- 1 min de leitura
Cada vez que me calo
Cada vez que não digo
Cada vez que concordo
Fico um pouco mais distante de mim.
Aceitando desafios, tarefas e afazeres
Sem pestanejar
Afinal, que outro caminho
Poderia haver?
Há um caminho:
É o da minha alma
Que se cala
Cada vez que ando por lugares que me afastam dela.
Quando foi que eu disse o primeiro sim
Ao que eu queria dizer não?
Quando dei o primeiro passo
Rumo à estrada que seguia para longe de mim?
Minha alma segue faminta
Para expressar o que sente
Ser um pouco prolixa
E não tão prática.
Quero caminhar por lugares mais claros
Por caminhos mais floridos
Pegar o caminho de volta
E rever o que deixei passar.

Escutar o silêncio
E o que ele tem a dizer
Não quero fórmulas, quero a beleza
Que eu nasci pra te contar.
Thaís Gurgel
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