Meu querer
- Cartografias Subjetivas
- 29 de set. de 2020
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Queria ser um pescador,
Pois na verdade seria um contador
E a cada conto
Um novo ponto
Num mundo que se ligaria
Trazendo à tona
A rede que pesco ideias
Queria ser um escritor,
Pois na verdade seria um propagador
De ideias, que escritas
Proporcionariam uma nova página
À vida solitária
De um livro.
Queria ser um músico,
Para musicar a felicidade de um novo amor
Que renova os acordes
Da longa sinfonia
Que é vivida.
Queria ser um pintor,
Pois em cada traço
Traçar um novo traço
Que quando completado,
Revelaria um novo passo
Em direção a uma personalidade.
Queria ser eu,
Pois na incerteza do que ser,
Ser tudo em um,
Ou um em tudo,
E no repouso final,
Ter a certeza,
De que cada novo eu
Fui a completude do que estivera
Incerto.
E através do certo,
Ter vivido tudo errado E assim, Felicidade.

Guilherme Rossi Cirelli




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