Conversa corrente
- Cartografias Subjetivas
- 20 de jul. de 2020
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Atualizado: 12 de ago. de 2020
Por entre os versos,
Que correm imutáveis,
A vida transmuta
O sentimento em concretude.
Se o mesmo rio é e não é,
A vida o percorre,
Em caminhos irrefreáveis,
Acolhendo-se em continuidade.
O encontro com ele
Causa a sensação inebriante.
E por meio de seus fenômenos
Tem-se a falsa compreensão
De sua completude.

Uma Doce ilusão.
Fertilizando a fantasia,
Uma construção
De segurança.
E na destruição
Em forma de represa
Tem-se a morte do rio
Que se ressurge no terceiro dia
Retomando sua vida
Destituindo a fortaleza
Fundada sobre a certeza esquizofrênica
De que ele é aquilo que se entende e deseja,
E não por aquilo que realmente o é.
Guilherme Rossi Cirelli Lima




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